top of page

Teremos que reaprender a socializar após a pandemia?

  • Foto do escritor: Angelica Pithon
    Angelica Pithon
  • 23 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Como será que vamos lidar com a socialização na pós-pandemia?

Bem, teremos de reaprender. É verídico que muitos de nós desejou estar em alguns momentos longe de aglomerações, viver um pouco isolados dos burburinhos, buscar a natureza distante, descansar a mente, desligar-se de tudo e sentir-se em paz.

Pois bem, este dia chegou, porém de um jeito diferente. A Pandemia veio atender a nossa ordem, ficamos por muito tempo reclusos, buscamos novos meios de lidar com situações do cotidiano que nos parecia tão simples.


Deixamos nossos amigos em “stand by”, considerando ser por algumas poucas semanas. Os abraços de nossos familiares, os almoços, os aniversários, as salas de aula, as viagens... Nossas vidas tiveram que ficar para depois.


Não me surpreende se por um momento que seja, nos sentirmos “enferrujados” socialmente. Todos nós, em graus maiores ou menores, estamos passando pela experiência da solidão durante a pandemia, o que pode afetar nossa saúde em diversos níveis, seja hormonal, ligado ao estresse cujo um dos efeitos é à propensão a depressão, seja a nível de alterações físicas no cérebro, cujo encolhimento pela ausência inclusive de participação social está relacionado à memória. O que, por sua vez, implica quase que diretamente os idosos, e isto por várias razões, por viverem sozinhos ou até mesmo pela dificuldade em lidar com a tecnologia na tentativa de amenizar a ausência do contato social.


A ressocialização destes indivíduos pode ter efeito como: hiperatividade, intolerância, ansiedade, entre outros. Outros aspectos do isolamento são identificados na clínica, onde a dificuldade de interação com o outro pode levar a uma fobia social. Apertar a mão, dizer apenas ‘até mais’, dar um abraço ou não, ou simplesmente nada a dizer ou fazer, são alguns “fantasmas” trazidos neste retorno social.


Minha orientação é para que o indivíduo seja paciente e gentil consigo próprio.

A lentidão deste retorno social deve ser respeitada, ajudando além da readaptação, nossa resiliência, que aliás, já se manifesta no mundo. Caso ainda o sentimento de insegurança permaneça, o tratamento para um possível transtorno gerado pode e deve ser tratado com terapias e medicamentos indicados por um especialista.

 
 
 

Comments


Clínica Iluminare Psicologia

bottom of page